Este texto na verdade não se trata de uma resenha mas sim de uma pequena reflexão sobre educação.
Que
educação queremos?
Em tempos de efervescências políticas, ideológicas
e, sobretudo culturais, pensarmos a educação nos moldes em que está estruturada
e sistematizada atualmente no Brasil, nos leva a refletir várias questões e uma
em especial que se evidencia com as ocupações das escolas à vista de
reivindicações das mais variadas dentre elas: a qualidade do ensino, que nos
confere em grande parte ou em certa medida enquanto sociedade civil, analisarmos
o que deu certo e o que não na educação dos brasileiros.
Ora, temos que hoje através das mídias
sociais as informações circulam de forma rápida e voraz de maneira que é quase
impossível filtrarmos as informações e assimilá-las de forma concisa e coerente,
muitas das vezes, nos causando um impacto desconcertante na forma de pensar e agir
em determinadas situações.
Sendo assim, temos que os educandos de hoje
não são como os de vinte anos atrás, pois que, mesmo pensando naqueles considerados
de classes populares, têm de maneira geral, acesso a informação ainda que
fragmentada.
Dito isso, se pensarmos que no escopo da
ocupação das escolas está inserida uma política ideologicamente retrógrada em
que se pensa a escola sem partido ora, todo ser humano é um ser social, não
necessariamente político, mas possuiu em sua essência, o discernimento, o
questionamento, a retórica ou seja, algo deve ser trabalhado e potencializado uma vez que o
individuo insere-se no universo escolar/acadêmico do processo sistematizado de
ensino.
Dos discursos que tenho ouvido sobre o
assunto é notório que em grande parte, pais e responsáveis encaram a ocupações implicitamente
como um problema ¨do outro¨ quando dizem:¨eu entendo as ocupações e reivindicações,
mas meu filho não pode ficar sem estudar.
Dessa maneira, fica claro o interesse particular
em que não pensa no ¨conjunto da obra” ou seja, de forma sistêmica e estrutural
da educação mas tão somente na sua necessidade imediata. Sendo assim pensarmos a educação que queremos hoje, irá nos dizer
num futuro próximo em que tipo de sociedade viveremos, e honestamente espero
que seja mais solidária e menos excludente.