sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Educação: Sobre o ensino religioso

Este texto deveria sair na próxima coluna mensal do www.jornalportal.com.br para o qual eu escrevo mas, foi vetado pela equipe editorial então aqui está:

     






 Educação: Sobre o ensino religioso                                        [Ricardo Oliveira]

         Caro(a) amigo(a) leitor(a), você certamente já deve ter se perguntado algum dia como podem existir tantas religiões no mundo e de alguma forma, ter ficado confuso com as explicações a respeito do assunto principalmente no que se refere à disciplina na escola.
         Tratando especificamente do caso do Brasil onde o tema é polêmico, devo advertir que não tenho a pretensão de afirmar que essa ou aquela religião é mais importante que a outra, todavia, esclarecer a relevância enquanto parte do processo na formação humana.
         Historicamente, somos uma sociedade que recebeu ao longo dos anos e até os dias atuais, contribuições culturais de vários outros povos/etnias para construção de nossa identidade; asiáticos, africanos, europeus e americanos, lógico uns em maior, e outros em menor escala, mas todos deram sua parcela de contribuição.
         Dessa maneira, pensarmos no fenômeno religioso como parte do processo de ensino e aprendizagem, nos faz ¨crer¨ na interação/ligação que o ser humano possui com o sagrado, o divino, o sobrenatural ou seja, tudo aquilo que transcende ao nosso corpo.
         Dito isso, é importante lembrar que a religião ou as religiões existentes no mundo fazem parte da cultura imaterial de um povo, ou seja, ela existe de forma abstrata e isso significa dizer que esta ¨aparece¨ de forma subjetiva no que concerne ao aspecto psicológico do indivíduo e torna-se explícita a partir do momento em que é materializada através de seus ritos e preceitos.
         Sendo assim, a problemática que gira em torno do ensino religioso em nosso país é que este não tem sido contemplado de forma igualitária entre as doutrinas ministradas no curso de formação escolar e, partindo da ideia de que vivemos num Estado laico, torna-se um agravo.
         Por fim, gostaria de destacar a importância da religiosidade enquanto fenômeno cultural, pois que, o ser humano, ao que me parece, possui um sentimento inato de acreditar em algo não importando a religião por ele confessada, mas pura e simplesmente pelo desejo de superar obstáculos em sua vida.


Twitter: @ricardo_ufrrj